Da Semente à Planta…

21 de Março


Da Semente à Planta é a temática, no âmbito do trabalho em Ciências, incluindo o experimental, que durante o segundo período vai ser explorada em sala de aula.

As actividades práticas/experimentais  a realizar abrangem um vasto leque de questões-problema às quais os alunos irão dar resposta através da realização actividades de teor sensorial, ilustrativo/verificação e de investigação com controle de variáveis. Essas actividades terão por base:

  • o expresso no Currículo Nacional e no Programa do 1º Ciclo (do Ministério da Educação);
  • o apresentado em Martins et al (2007). Sementes, germinação e crescimento. Guião didáctico para Professores. Lisboa: Ministério da Educação.
  • o trabalho desenvolvido pela docente, no âmbito do Programa de Formação Ensino Experimental das Ciências, da Universidade de Aveiro; e
  • o contexto onde as actividades irão ser realizadas (turma de alunos do 2º ano de escolaridade)…

No que se refere às “Reprodução das Plantas” o  Programa do 1º Ciclo sugere a realização de experiências e observação de formas da sua reprodução, apontando, concretamente, para a realização de experiências sobre a germinação de sementes. Para além deste aspecto, indica, também, que sejam realizadas actividades, com os alunos, que lhes permitam identificar alguns factores ambientais que condicionam a vida das plantas, tais como água, ar, luz, temperatura e solo.

É nesta perspectiva que se inserem as actividades práticas, incluindo as experimentais, que vamos explorar em sala de aula.

Ontem, dia 11 de Janeiro de 2011, iniciámos o estudo da temática, situação que se vai prolongar por algumas semanas/meses  explorando, não só, conceitos a ela inerentes, mas também processos/capacidades , atitudes e valores que cada cidadão deve ter presente no seu dia-a-dia.

Como não podia deixar de ser, começámos o estudo do tema com o levantamento das ideias prévias dos alunos relativamente ao que os mesmos pensam ser uma semente.

Deste modo, foi pedido a cada aluno que:

  1. através do desenho representasse o que para ele era uma semente;
  2. descrevesse a ideia que tem sobre uma semente.

Após a realização do desenho e da respectiva descrição do que é uma semente, foi feito um levantamento/resumo das ideias expressas pelos alunos.

Para estes alunos, uma semente é…

  • uma bola pequena que tem dentro uma bola ainda mais pequena;
  • uma planta;
  • é uma coisa que com a sua força consegue fazer nascer uma planta;
  • uma planta porque da semente é que nasce uma planta;
  • uma planta que vai crescendo ao longo do tempo;
  • uma semente que tem uma mini semente com a planta lá dentro;
  • uma coisa que cresce ao longo do tempo e vai transformar-se numa flor;
  • o que faz crescer uma planta;
  • um ser vivo como nós;
  • uma planta que vai florescer e em breve vai atingir a sua forma original;
  • uma coisa que faz as plantas nascer/crescer;
  • uma coisa pequena e meia cor de pele, mais escura um pouco;
  • a raiz de uma planta que vai crescer até ficar em flor.

Como se pode inferir pelas respostas dos alunos, algumas das suas ideias são bastante ingénuas. Muitos alunos revelam dificuldade em “separar” a “semente” da “planta”. No entanto, nos desenhos já revelam alguns conhecimentos, não só relativamente à representação de uma semente, mas também ao seu processo de germinação e condições que consideram necessárias para que isso aconteça: água, luz (sol), …

Aqui ficam alguns exemplos dos trabalhos realizados pelos alunos.

Após ser feito, oralmente, o resumo das ideias  registadas pelos diferentes alunos, foram levantadas algumas questões que ficaram em “suspense” à espera que a parte prática lhes vá dando resposta.

Apesar de não ser uma aula de trabalho experimental, esta sessão realizada no âmbito do ensino das Ciências foi rica, motivante, mas também muito intrigante, pois todos os alunos queriam, naquele momento, a “resposta” à questão “O que é uma semente”.

O recurso elaborado para o trabalho de sala de aula:

O que é_semente _10_11_Isabel

Isabel Almeida, 12/Jan./2011

Hoje, dia 18 de Janeiro, tivemos a segunda sessão de trabalho prático realizado no âmbito da temática da planta à semente.

Desta vez os alunos realizaram uma actividade de teor sensorial, que tinha como questão-problema: Como se podem agrupar sementes diversas?

A actividade tinha como propósitos/finalidades:

  • Reconhecer a existência da diversidade de sementes e distingui-las em função de algumas das suas características (cor, forma, tamanho e textura).

Para implementação da actividade prática em sala de aula houve necessidade de se arranjar diferentes tipos de sementes (19) e de as colocar em sacos de plástico fechados, para que os alunos as pudessem manusear, sentir e ver sem mexer directamente nelas.

Os alunos tinham de identificar critérios de agrupamento das diferentes sementes;  fazer grupos de acordo com esses critérios e registá-los em folha elaborada para o efeito.

Embora possa parecer, esta não foi uma actividade fácil e demorou mais do que o tempo inicialmente previsto. No entanto foi uma actividade em que os próprios alunos reconheceram que estiveram a trabalhar, em simultâneo, diferentes áreas:

  • Ciências – compreender que existe uma enorme variedade de sementes, no que respeita à cor, tamanho, forma e textura…
  • Língua Portuguesa – leitura do nome das sementes; escrita dos mesmos com correcção ortográfica; aprendizagem de novo vocabulário.
  • Matemática – Identificação de critérios de agrupamento de sementes e realização dos mesmos; uso de tabelas para registo de dados.

Aqui ficam algumas imagens da aula.

Os registos dos grupos de sementes feitos segundo determinado critério

Trabalho sempre realizado em grupo com os alunos a apoiarem-se uns aos outros…

Exemplos da folha de registo já quase preenchida…

O apoio dado aos alunos com mais dificuldades de escrita

No final da actividade prática foi realizado um cartaz, que se encontra exposto na sala de aula, com um saco de todas as sementes utilizadas, ao que se tem acrescentado outras sementes trazidas pelos alunos.

O recursos elaborados para serem usados em sala de aula:

agrupar _10_11_Isabel

sementes_codigo

Isabel Almeida, 18/Jan./2011

Na passada terça feira, dia 24 de Janeiro, realizámos, em sala de aula, mais uma actividade prática no âmbito da  temática “Da semente à planta”. Desta vez os alunos tinham de dar resposta à questão-problema: Como se comportam sementes diversas quando colocadas em água?

A actividade tinha como finalidades:

  • Constatar o comportamento evolutivo no tempo de sementes diversas quando colocadas em água;
  • Reconhecer que diferentes sementes se comportam de modo diverso quando colocadas em água;

Após o levantamento e registo das ideias prévias dos alunos em documento elaborado para o efeito (como se pode ver pelas imagens) partimos para a parte prática da aula.

A parte prática implicava a colocação de sementes de diferentes tipos num recipiente COM ÁGUA. Mas dado que queríamos observar o comportamento das sementes na água, tínhamos de ter um termo de comparação, ou seja, outro recipiente, com o mesmo tipo de semente, o mais semelhantes possível na forma, tamanho, cor… que ficasse num recipiente SEM ÁGUA. E foi isso que foi feito.

Esta componente da actividade iniciou-se com os alunos a seleccionarem sementes, o mais semelhantes possível, para colocarem em dois recipientes: num com água e noutro sem água, como se pode ver nas imagens:

Os cinco grupos optaram por escolher 1 fava, 1 feijão catarino (ou catrino), um tremoço e uma semente de girassol raiado.

A professora também teve direito a escolher uma semente. E escolheu uma bem grande…

… uma semente de manga!

Depois de colocada a água no recipiente B, os alunos foram realizando outras actividades e observando as mudanças nas sementes. O primeiro registo foi realizado passado 1 hora.

O segundo registo da observação realizada foi feito passado 3h e o terceiro passado 24h, ou seja, no dia seguinte.

Também a descrição do observado teve de ser feita passadas as 24h, pois só nessa altura o registo do comportamento observado estava completo.

O mesmo aconteceu com a resposta à questão-problema, pois só depois de serem feitas todas as observações e respectivos registos, podíamos inferir a resposta.


Para quem possa pensar que esta actividade prática foi cansativa, ou desmotivante, deixo aqui o que foi dito por dois alunos, mas apoiado por muitos outros, no final do trabalho:

  • … de todas as experiências que fizemos esta foi a de que eu mais gostei… (Rita)
  • pois, foi como os cientista têm de fazer, observar, registar, passadas umas horas voltar a observar e registar… passados uns dias fazer o mesmo… (Francisco e outros)

Claro que terminada a actividade as sementes, demolhadas e as secas, não foram colocadas fora. Pelo contrário, juntaram-se-lhe muitas outras, que foram colocadas num recipiente bem maior com água da torneira, pois elas irão servir para trabalhar na próxima sessão de Ensino Experimental das Ciências.

O recurso elaborado para o trabalho de sala de aula:

sementes_água 10_11_Isabel

Isabel Almeida, 27/01/11

No dia 1 de Fevereiro deu-se início ao estudo de mais uma questão-problema: Como são constituídas as sementes?

Esta era a questão a que os alunos, terminada a actividade prática de verificação, tinham de dar resposta.

A actividade tinha como finalidade:

  • verificar que uma semente é constituída por diversas componentes;
  • verificar que uma semente contém no seu interior um embrião que é constituído pela radícula, caulículo e gémula ou plúmula.

Tal como todas as outras, também esta actividade foi realizada em grupo. Cada grupo de trabalho dispunha de diferentes tipo de sementes (fava, feijão, tremoço…), previamente demolhadas e lupas para observação mais minuciosa.

Cada grupo começou por registar o que pensava que cada semente tinha no seu interior (ideias prévias dos alunos).

Terminada esta primeira fase e, após a explicação da professora sobre a forma como cada aluno “devia” abrir as sementes sem estragar o que estava no seu interior, os alunos iniciaram a actividade prática.

Para que os alunos fossem minimamente orientados no que iam procurar no interior da semente, foi dado, a cada um, um registo com a imagem do interior de um feijão.

Esta fase foi, sem dúvida a mais interessante e entusiasmante para os alunos. Ver o embrião de uma semente não é algo que se faz todos os dias. E estes alunos tiveram oportunidade de abrir as sementes que consideraram necessárias e de ver, com espanto, que no seu interior se encontrava o que ia dar origem à futura plântula e posterior planta.

Algumas imagens da aula:

Imagem onde está visível a radícula…

Dois embriões com radícula (que se daria origem à raiz), caulículo (futuro caule) e gémula (futuras folhas)

Mais um embrião completo…

Um ponto minúsculo na mão do aluno – um embrião de feijão…

Sementes de feijão, fava e tremoço, ao lado de imagens de um feijão…


Não foi fácil. Foi preciso orientar os alunos na observação. Não é fácil observar. Os alunos sabem “ver”, mas precisam de orientação para que a “observação” seja de facto feita.

Terminado o tempo lectivo dedicado semanalmente às Ciências, o trabalho ainda não estava terminado. Íamos na parte da representação, através do desenho, do que havíamos observado.

(Alguns alunos quiseram levar para casa as partes das sementes (cotilédones) com o embrião para mostrar aos pais. Claro que o fizeram.)

Em baixo, alguns momentos de sala de aula.


Hoje, dia 8 de Fevereiro deu-se continuidade à actividade. Começámos por recordar o que havíamos  feito na aula anterior. O quadro preto da sala de aula serviu para relembrar e apoiar a memória visual.

Foram terminadas as representações icónicas, principalmente a sua pintura…

Havia chegado o momento de colocar em confronto as ideias prévias  dos alunos com o que de facto foi observado, desenhado e legendado, dando os nomes científicos a cada um dos componentes da semente. Para muitos dos alunos foi fácil identificar a raiz de algumas palavras como: radícula, caulículo…

Faltava registar, por escrito o que se havia observado… ou seja, a constituição de uma semente (feijão, fava, tremoço).

As respostas são iguais pois, foram elaboradas, no quadro da sala, com o apoio da professora e copiadas para a folha de registos, após a sua leitura.

Faltava dar a resposta à questão-problema. Desta vez pretendeu-se sair da simples descrição que ia ser semelhante à da observação e fez-se um quadro conceptual.

Antes da sua realização (no quadro da sala de aula) foi explicado aos alunos, de forma simples e clara, o que era um quadro conceptual (são alunos do 2º ano).

Depois, foi seguir as “dicas” deles. Os próprios alunos iam dizendo o que colocar em cada ramo do quadro (o Francisco lembrou-se que era parecido com a árvore genealógica da família).

Terminado o quadro, cada aluno copiou-o para a sua folha de trabalho. Eis alguns dos resultados:

Estas foram duas aulas de Ciências que permitiram trabalhar competências (conceitos, procedimentos e atitudes) no âmbito das ciências, passíveis de levar os alunos a:

  • compreender que, na maioria dos casos, a semente é envolvida por um tegumento (vulgo casca) que a protege;
  • Compreender que na maioria dos casos a semente contém no seu interior um embrião ligado a dois cotilédones (partes do feijão, fava, tremoço);
  • Compreender que o embrião é constituído por uma radícula que irá dar origem às futuras raízes; um caulículo (futuro caule) e a gémula (futuras folhas da plântula);
  • a utilizar uma lupa;
  • aprender a observar (diferente de olhar);
  • elaborar registos de dados;
  • comunicar ideias prévias por escrito;
  • comparar as ideias prévias com o observado;
  • comparar resultados;
  • desenhar o observado;
  • fazer legendas de acordo com o observado e mediante um modelo;
  • realizar um esquema conceptual;
  • trabalhar em grupo;
  • respeitar regras de higiene e de segurança;

… competências que ultrapassam a área das ciências e que envolvem tantas outras áreas…

Como sempre, aqui ficam os registos elaborados para a aula:

CONSTITUICAO_SEMENTE_ 10_11_Isabel

constituicao_sementes

Isabel Almeida, 08/Fev./2011

No dia 15 de Fevereiro demos continuidade ao trabalho que temos vindo a realizar no âmbito da temática da “Semente à planta”.

Como sempre trabalhou-se em grupo.

A questão-problema a trabalhar era a seguinte: O que acontece às semente depois de terem sido colocadas em água?

A actividade tinha como finalidades que os alunos compreendessem que:

  • a germinação das sementes é uma das formas possíveis de reprodução;
  • para que a semente germine é necessário que ela seja bem constituída e possua maturidade e vitalidade; encontre condições favoráveis e adequadas para o processo ocorrer (água, ar, temperatura)
  • a germinação se inicia sempre com o aparecimento de uma radícula (que rompe o invólucro/tegumento da semente), em torno da qual se desenvolvem, posteriormente, raízes secundárias.

Depois de feita a contextualização e identificada a questão a trabalhar, em grupo, foi feito o levantamento das ideias prévias dos alunos, como mostram os registos abaixo.

Dando continuidade à actividade, cada grupo escolheu 3 sementes, o mais semelhantes quanto possível e preparou o respectivo germinador, tarefa que não foi de todo fácil.

Terminada esta fase, colocaram-se as sementes nos germinadores e colocou-se a respectiva etiqueta.

Como as sementes já tinham estado embebidas em água fez-se o registo de como as mesmas se encontravam nesse dia, como se pode ver nas imagens abaixo.

Agora, resta esperar que as sementes germinem e registar as alterações que se forem verificando.

Os registos elaborados para a aula:

SEMENTE_água 10_11_Isabel

Quadro_água 10_11_Isabel

Infelizmente, as sementes que foram colocadas nos germinadores, passados uns dias, estavam todas podres. Em duas das favas ainda se identificou o inicio do processo de germinação, pois era visível a radícula e, parcialmente, o caulículo.

Vários factores (intrínsecos e extrínsecos às próprias sementes) podem ter contribuído para esse apodrecimento:

  • o facto das sementes terem estado muitos dias em água;
  • o papel que se colocou nos germinadores;
  • a constituição das sementes;
  • a maturidade das sementes;
  • a vitalidade do embrião de cada semente;
  • a humidade (excesso de água);
  • a temperatura da sala de aula (local onde estavam os germinadores);
  • o excesso de luminosidade (relacionado com o local onde foram colocados os germinadores);

Esta situação, não tendo sido agradável para os alunos, que ficaram muito tristes, serviu para explorar os factores acima citados e para que eles compreendessem que, em laboratório, também os cientistas passam por situações destas, tendo de voltar a repetir as experiências uma e outra vez, tentando identificar o que não correu bem, o que faltou… e alterando as condições necessárias para que as experiências resultem…

É o que vamos fazer. Repetir a actividade, ou seja, fazer novos germinadores e esperar que desta vez as sementes germinem, para dar oportunidade aos alunos de seguirem as diferentes fases da germinação.

Para isso já foram colocadas novas sementes em água, para que se dê início ao processo de absorção de água pelas sementes, como se pode ver nas imagens que se seguem:

feijão vermelho

favas

tremoços

e feijão frade

Na próxima sexta feira iremos colocar as sementes nos germinadores, com a esperança de que desta vez elas germinem.

Isabel Almeida, 21/Fev./2011

Tal como se tinha dito, ontem, dia 25 de Fevereiro, fizeram-se novos germinadores utilizando as sementes que estiveram em processo de embebição desde 2ª feira. Esperamos que desta vez as sementes germinem, para que os alunos possam observar as diferentes fases pelas quais vão passar até se obter uma plântula e posterior planta.

As imagens que se seguem mostram o processo de montagem dos germinadores e os mesmos já com as sementes.

A montagem dos germinadores nem sempre é fácil e obriga a um esforço partilhado.

Os germinadores já com as sementes no seu interior…

Com tremoços (2 germinadores)…

favas…

feijão frade e…

feijão vermelho

O conjunto de cinco germinadores – 1 por cada grupo de trabalho.

Agora resta-nos esperar o dia a dia e criar as condições para que desta vez as sementes venham a germinar.

Isabel Almeida, 26/Fev./2011

Após o fim de semana, ou seja, passados três dias após a colocação das sementes nos novos germinadores, os alunos tiveram uma enorme surpresa. Em quase todas as sementes  era visível o processo de germinação.

O feijão frade, o feijão vermelho, a fava e os tremoços mostravam radículas já bem desenvolvidas. Apenas num germinador as sementes não tinham a radícula à vista.

Aqui ficam algumas imagens.

Os cinco germinadores… com tremoço, feijão vermelho, feijão frade, fava e novamente tremoço.

O tremoço com a radícula (ainda) virada para cima…

O feijão vermelho com uma radícula que ultrapassa os 3 cm.

O feijão frade…

A fava com a radícula voltada para a água…

Isabel Almeida, 28 Fev/2011

Hoje, dia 10 de Março, quando os alunos entraram na sala de aula, a primeira coisa que fizeram foi correr para a pequena “bancada” onde se encontram os germinadores e a estufa com as sementes em diferentes estados de germinação e crescimento.

O espanto e a satisfação foi unânime. As sementes que no dia 3 de Março estavam pouco além do início do processo de germinação, passados cinco dias eram agora jovens plântulas.

No dia 4, um dos nossos receios era que as sementes se estragassem pois iam ficar 5 dias sem que a água fosse mudada (nos germinadores); sem ser regadas (na mini estufa). Esses receios acabaram por ser infundados.

As sementes que estavam nos germinadores, com excepção dos 3 tremoços de um deles, transformaram-se em jovens plantas e/ou estão muito próximas de o serem.

Como termo de comparação aqui ficam imagens dos germinadores no dia 4 de Março e, lado a lado, imagens dos mesmos germinadores no dia 10 de Março.

A mesma fava no dia 4 de Março (1º germinador) e no dia 10 de março (2º germinador)

As mesmas sementes de feijão vermelho: no lado esquerdo fotografadas no dia 4 de Março, no lado direito fotografadas no dia 10 de Março.

Os cinco germinadores no dia 4 de Março… e no dia 10 de Março…

A diferença entre as duas imagens é bem visível.


Lado a lado um germinador com as favas e outro com os feijões…

A observação e registo do desenvolvimento das sementes no germinadores tem continuado. Aliás, é a primeira coisa que os alunos têm curiosidade de fazer mal entram na sala de aula.

Tem sido fácil para estes alunos compreenderem o processo de germinação das sementes em estudo, pois dia a dia vão observando o seu evoluir.

Apresentam-se algumas imagens registadas no dia 15 de Março:

O conjunto dos quatro germinadores. As sementes de tremoço que se encontravam no quinto voltaram a apodrecer.

O germinador com o feijão vermelho onde se pode observar a raiz principal, as raízes secundárias, o caule e a jovem planta do feijoeiro.

O germinador com a fava com as raízes (principal e secundárias) e a jovem planta. É bem visível a diferença entre o feijão cujos cotilédones acompanham o crescimento do caulículo (caule) e os cotilédones da fava que se mantêm dentro do tegumento na linha de água.

O germinador onde se vêm duas jovens plantas. Aqui são bem observável as alterações ocorridas: o tegumento (casca) do tremoço caiu; os 2 cotilédones (partes) do tremoço que durante várias dias se mantiveram de cor mais ou menos amarelada aumentaram substancialmente de tamanho, estão carnudos e de cor verde.

Outra perspectiva do germinador com os tremoços onde se vê a gémula (futuras folhas) a saírem do meio dos dois cotilédones verdes.

Registos do dia 18 de Março:

Os quatro germinadores lado a lado com, respectivamente, feijões vermelhos, favas, tremoços e feijão frade.

O germinador com três pés de feijão já com folhas de cor bem verde o que indicia que as jovens plantas já fazem a fotossíntese (processo basilar da nutrição e respiração da planta). Nas jovens plantas ainda se vêm os cotilédones que acompanharam o crescimento do caule e estão a secar.

O germinador com a fava. Como se pode observar a semente da fava continua dentro do tegumento e mantém-se junto às raízes.

Três imagens do germinador com os tremoços, onde se pode ver o que atrás foi referido: os cotilédones aumentaram de tamanho, estão carnudos, de cor verde e protegem a gémula (primeiras folhas).

Registos do dia 21 de Março, após o fim e semana:

O tamanho da fava ultrapassou largamente o tamanho do feijão…

O feijão (em cima) e a fava

O tremoço

O feijão frade

Alguns dos registos que foram sendo elaborados pelos alunos:

Apresenta-se um esquema sobre o processo de fotossíntese, nutrição e respiração da planta.

fotossíntese

Com o desenvolvimento desta actividade prática (de teor ilustrativo/de verificação) os alunos têm tido oportunidade de observar e compreender que:

  • a germinação inicia-se sempre pelo aparecimento de uma radícula (futura raiz principal), que rompe o invólucro (casca/tegumento da semente), em torno da qual se desenvolvem, posteriormente, as raízes secundárias – que são bem visíveis no germinador do feijão vermelho;
  • que durante os primeiros dias se verifica um grande crescimento da radícula e só depois surge o caulículo e a gémula;
  • que a plântula é uma pequena planta resultante do desenvolvimento do embrião que se prolonga até que os primeiros órgãos originados (raiz, caule, folhas) adquiram forma semelhante à definitiva;
  • compreender que na germinação há uma grande absorção de água.
  • que para que uma semente germine é necessário que ela seja bem constituída, possua maturidade e vitalidade e encontre condições favoráveis e adequadas para o processo ocorrer (água, ar e temperatura)
  • ….

Isabel Almeida, 21/Mar./2011

No dia 22 de Fevereiro, a turma trabalhou mais uma questão-problema: Qual o efeito da humidade na germinação das sementes?

Desta vez estávamos a trabalhar um actividade prática de teor investigativo. Depois de recordar tudo o que já havia sido feito em sala de aula, no âmbito da temática, os alunos, com a colaboração da professora, elaboraram a questão problema.

Seguiu-se o levantamento das ideias prévias dos diferentes grupos. Todos os grupos foram unânimes em afirmar que a humidade influencia a germinação das sementes, considerando que sem absorção de água não há germinação.

Para a realização da actividade prática, cada grupo escolheu 6 sementes, o mais semelhantes possível (tamanho, cor, forma…) para que 3 fossem colocadas em recipientes com água e as outras três, nas mesmas condições das primeiras, mas às quais não será adicionada água.

Cada grupo escolheu um tipo de feijão. Embora não fosse essa a intenção, vamos poder, também, comparar qual o tipo de semente de feijão  que germinou mais rapidamente … ao fim de 10 dias.

Como recipiente, desta vez recorreu-se à parte da caixa de ovos de cartão reciclado que tem as concavidades onde são colocados os ovos. Cortou-se a caixa de forma a ficarem três concavidades para colocar as sementes com água e as outras três sem água.

Depois de preparadas as sementes, de se colocar cada uma na sua concavidade, todos os recipientes foram colocados dentro de uma mini estufa transparente para que, tanto quanto fosse possível, ficassem todas nas mesmas condições, controlando desta forma as diferentes variáveis.

As imagens que abaixo se apresentam foram tiradas no dia em que se realizou a actividade.

As sementes colocadas nas concavidades dos ovos – estas sem água…

As sementes com água…

A mini estufa aberta com todos os recipientes das sementes…

A mini estufa fechada…

A partir deste dia são várias as observações e registos que irão ser feitos pelos alunos (durante 10 dias):

  • a medição da temperatura e registo da evolução do processo de germinação de cada uma das sementes:
  1. No primeiro dia apenas se notou a absorção de água por parte das sementes e, por isso, o aumento do seu tamanho;
  2. No segundo dia a mesma situação;
  3. Hoje, terceiro dia, excepto as sementes de feijão vermelho e uma semente de feijão preto, todas as outras sementes  já tinham rompido o tegumento e via-se a radícula  fora dos cotilédones;
  4. As que se estavam em estado mais adiantado eram as sementes de feijão frade;
  5. Nas sementes que não são regadas, não se registavam alterações visíveis.

O entusiasmo e espanto dos alunos foi grande, pois de um dia para o outro , a radícula do feijão-frade tinha rompido o tegumento e crescido quase 1cm. Para o efeito considera-se iniciado o processo de germinação o momento em que é possível observar  (a olho nu) o aparecimento da radícula.

As imagens que abaixo se apresentam, embora nem sempre nítidas, revelam isso mesmo.

Embora não muito visível (na fotografia) no feijão preto já se via a radícula em duas das sementes.

a radícula do feijão frade com quase 1 cm

A estufa onde estão, lado a lado, as sementes que estão a ser regadas e as outras.

Isabel Almeida, 24/Fev/2011

Ontem, dia 25 de Fevereiro, correspondeu ao quarto dia em que se observou o desenvolvimento de germinação das sementes, tendo como variável em estudo a humidade.

Apenas em 24 horas registaram-se alterações em todas as sementes:

  • em todas as sementes que já tinham a radícula fora dos cotilédones, a mesma tinha aumentado muito de tamanho
  • das 6 sementes de feijão vermelho, em quatro a radícula já tinha rompido o tegumento;
  • uma das semente de feijão preto mantinha-se sem germinar

Sementes de feijão vermelho onde já é bem visível o rompimento do tegumento (casca da semente) e o crescimento da radícula…

Sementes de feijão frade já sem o tegumento e com a radícula bem visível e sementes de feijão preto (no 1º da esquerda, ainda não é visível qualquer indicio de germinação)

feijão frade…

Lado a lado sementes que estão a ser regadas e outras que não.
Os registos que estão a ser feitos pelos alunos.

Isabel Almeida, 26/Fev./2011

Hoje, 28 de Fevereiro, fizemos a observação e registos do 7º dia (contando sábado e domingo que não foi possível observar e fazer qualquer registo).

Foi um espanto para os alunos observarem as alterações verificadas de sexta para hoje (2ª feira). Em quase todas as sementes se via já, não só a radícula, mas também o caulículo. Os tegumentos estavam semi abertos e era possível “espreitar” a gémula (futuras folhas dos feijoeiros). Só duas sementes se mantinham sem alterações visíveis, a nível do processo de germinação: um feijão preto e um feijão vermelho.

Aqui ficam algumas dessas imagens.

A mini estufa onde estão, lado a lado, sementes às quais não é acrescentada água e as outras que têm estado sempre húmidas.

As sementes que têm vindo a ser regadas…

feijão vermelho…

mais feijão vermelho (o primeiro da esquerda não indicia estado de germinação)…

feijão preto (o terceiro à direita também não indicia ter iniciado o processo de germinação)

Feijão frade com a radícula muito desenvolvida e onde se vê claramente já o caulículo…

mais feijão frade…

Isabel Almeida, 28/Fev./2011

Nos dias 1, 2, 3 e 4 de Março deu-se continuidade à observação do processo de germinação das sementes que estavam na estufa e eram regadas periodicamente. Dia após dia os alunos consolidavam as suas ideias prévias de que as sementes que não eram regadas não iam germinar, embora todas as outras condições (variáveis) fossem semelhantes:

  • tinham sido colocadas lado a lado na estufa, no mesmo momento e em “recipientes” idênticos (cada grupo de trabalho usou a mesma caixa de ovos que foi cortada ao meio, sendo metade para as sementes que iam ser regadas e a outra metada para as que não iam ser regadas);
  • as sementes eram tanto quanto possível semelhantes na cor, tamanho, tipo;
  • estavam sujeitas à mesma temperatura, pois encontravam-se dentro da mesma estufa;

Documentação fotográfica realizada no dia 4 de Março

Pormenores do mesmo dia…

No dia 10 de Março, após a interrupção do Carnaval, mal os alunos entraram na sala de aula, correram para a bancada onde se encontrava a estufa. Ninguém queria acreditar. As mudanças nas sementes regadas regularmente, eram de tal forma que já tínhamos plântulas (jovens plantas).

Algumas mal cabiam na mini estufa e, depois de medida a temperatura (por um dos grupos) e retirada a tampa da mesma, as jovens plantas estenderam-se à vontade e os alunos puderam apreciá-las na sua plenitude.

Depois de cada grupo fazer o registo do observado (este correspondia ao o 10º dia de observação, meta proposta), comparou-se o observado pelos alunos com as ideias prévias por eles registadas e deu-se resposta à questão-problema, encerrando-se assim esta actividade de teor investigativo.

Aqui ficam algumas imagens tiradas nesse dia assim como os registos que foram sendo elaborados pelos alunos.

A mini estufa ainda fechada…

A mini estufa já aberta e onde se vê, lado a lado, as jovens plantas e as sementes que não foram regadas e, por isso, não germinaram.

De todas as sementes que, periodicamente, foram sendo regadas apenas um (de feijão vermelho) não germinou.

Exemplos dos registos dos alunos:


No final da actividade, os alunos estavam tão entusiasmados que quiseram levar as jovens plantas para casa para continuarem a ver o crescimento das jovens plantas.

Isabel Almeida, 12/Março/2011

Os registos elaborados para a implementação da actividade em sala de aula:

sementes_humidade_Isabel

sem_hum_quadro_Isabel



28 respostas a Da Semente à Planta…

  1. Rui Jorge Silva (Pai do Gonçalo G.) diz:

    Pro. Isabel

    Não posso deixar de pensar na sorte que estes meninos têm por os seus pais poderem acompanhar quase diariamente todas as actividades que vão realizando em sala de aula.
    Parabéns.

    • Boa noite sr. Rui Silva.
      Obrigada pelo seu comentário.
      As opiniões dos pais dos alunos são sempre muito importantes para mim.
      É um privilégio dar a conhecer um pouco do que estes alunos vão fazendo no seu-dia-a-dia, em sala de aula.
      Muito mais havia para mostrar, mas o meu tempo para tratar do blogue é, realmente, pouquíssimo.
      Isabel Almeida

  2. Rita Pereira diz:

    Olá Prof. Isabel.
    Realmente não posso deixar de concordar com o pai do Gonçalo G. e de lhe dar os parabéns. Isto é quase como estarmos na aula com eles… mas sem barulho…
    Parabéns mais uma vez. E um beijinho.
    Rita Pereira

    • Olá Rita.
      Obrigada pelo seu comentário.
      Uma das finalidades deste blogue é a de dar aos pais e encarregados de educação a oportunidade de verem um pouco do que fazemos em sala de aula (sem o barulho, como disse).
      É uma partilha que, na minha opinião, ajuda os alunos motivando-os na realização dos trabalhos e para as TIC, os pais que têm mais que os cadernos para observar e a professora (que é muito briosa da sua turma).
      Mas, o mérito é todo dos vossos filhos, pois os trabalhos aqui apresentados são feitos por eles.
      Venha ver-nos mais vezes, dê opiniões e sugestões.
      Bjs.
      Isabel Almeida

  3. Cassandra e Gabriela diz:

    Olá.
    Nós somos a Cassandra e a Gabriela do 2º ano da turma A.
    Nós gostamos muito das aulas de ciências.
    Todas as semanas aprendemos muitas coisas de ciências, mas também aprendemos a ler e escrever coisas novas.
    Este ano está a ser muito bom para nós.
    Beijinhos.
    Cassandra e Gabriela

  4. Luísa Macedo Mendonça diz:

    Olá Professora Isabel

    Estou muito entusiasmada com o que vai acontecer aos feijões, tanto ao meu como aos dos meus colegas. E também estou curiosa para saber o que vai acontecer aos feijões que estão nos germinadores.
    Professora, gosto muito dos trabalhos que andamos a fazer nas ciências e espero que os meus colegas também gostem disto. É muito interessante.

    Beijinhos da Luísa

    Bom fim-de-semana e até segunda

    • Olá Luísa.
      Ainda bem que andas entusiasmada com os trabalhos que fazemos em ciências. Fico muito feliz com isso, pois, estas actividades são muito importantes pelos conhecimentos que os alunos constroem, pelas capacidades que desenvolvem e pelas atitudes que começam a ter perante o meio ambiente.
      O que vai ou não acontecer aos feijões (aos que levaram para casa e aos que estão nos germinadores) é sempre uma incógnita (não se sabe o que vai acontecer).
      Tudo pode acontecer, depende de muitos factores (variáveis).
      Beijinhos para ti também.
      BFS
      Isabel Almeida

  5. Márcia Pato diz:

    Olá Prof. Isabel.
    É, de facto, notável o trabalho que está a ser realizado com a turma. A variedade dos temas trabalhados e a qualidade dos trabalhos realizados são o espelho do dia-a-dia na sala de aula.
    É de salientar também o trabalho de casa da Prof. Isabel na programação de todas estas actividades que exigem pesquisa e imenso tempo, bem como a minuciosa exposição no blogue do material produzido.
    Beijinhos e continuação do excelente trabalho.

    Márcia Pato

  6. isabel almeida diz:

    Olá Márcia.
    Obrigada pelas suas palavras. Elas são para mim um excelente incentivo.
    Como sabe, eu gosto muito do que faço e estou a adorar trabalhar com estes alunos.
    Portanto, sinto que estou apenas a ajudá-los a construir aprendizagens que são a base de toda a sua escolaridade.
    Beijinhos também para si.
    Isabel Almeida

  7. isabel almeida diz:

    Olá Márcia.
    Obrigada pelas suas palavras. Elas são para mim um excelente incentivo.
    Como sabe, eu gosto muito do que faço e estou a adorar trabalhar com estes alunos.
    Portanto, sinto que estou apenas a ajudá-los a construir aprendizagens que são a base de toda a sua escolaridade.
    Gostava de fazer mais, mas o tempo é muito curto.
    Beijinhos também para si.
    Isabel Almeida

  8. monique diz:

    Será que alguém me pode ajudar com o meu trabalho de ciências? E que eu queria saber qual e o desenvolvimento do girassol, como brotar e etc dentro de uma mini estufa de plantas feita de garrafa pet.

    • Olá Mónica.
      Os dados que me dá são um pouco vagos, pois não sei se quer fazer uma actividade de teor investigativo (uma investigação) ou apenas verificar quantos dias demora a semente de girassol a germinar. Mesmo assim vou tentar ajudá-la:
      – escolha sementes de girassol o mais semelhantes possível (cor, tamanho) e que estejam em bom estado de conservação;
      – arranje papel bem absorvente (eu fiz com as caixas dos ovos que são de papel reciclável e bem absorvente) e coloque no fundo da estufa, ou nas suas paredes se for um germinador (garrafa) – veja como fiz para o feijão, pois os vários passos estão lá registados;
      – coloque as sementes no fundo da estufa ou entre a “parede” da garrafa e o papel;
      – mantenha as sementes bem húmidas assim como o papel, pois para as sementes germinarem precisam de uma grande absorção de água;
      – vá registando o que acontece com as sementes: incham, mudam de cor, rebenta o tegumento (casca), começa a sair a radícula (futura raiz), depois o caulículo (futuro caule) e finalmente a gémula (futuras folhas).

      Espero ter ajudado em alguma coisa. Bom trabalho.

      Isabel Almeida

  9. Marcos Vinícius diz:

    Olá Professora Isabel, gostaria de saber como é feito os germinadores e as mimi estufas, pois gostaria de realizar e acompanhar este experimento em casa, pois achei super interessante.

    • Olá Marcos.

      Os germinadores são feitos com frascos suficientemente largos para que a sua mão entre neles. No seu interior é colocada uma folha de papel bem absorvente, que deve ficar “colada” à parede do frasco. Entre o papel e a “parede” do frasco são colocadas 3 sementes que estejam em boas condições para poderem germinar. No fundo do germinador é necessário que tenha uma quantidade de água suficiente para manter o papel sempre húmido pois, para as sementes germinarem têm de absorver uma grande quantidade de água.
      Nas mini estufas faz-se o mesmo. Forra-se o fundo com papel absorvente, colocam-se as sementes e mantém-se o papel sempre húmido. Eu usei caixas de ovos feitas de papel grosso e reciclado. Resultou muito bem pois o papel era muito absorvente e, ao mesmo tempo, cada semente estava na cavidade do ovo. As sementes têm de estar sempre húmidas, mas não com demasiada água para não apodrecerem. A água deve ser mudada de vez em quando para não cheirar mal.
      Isabel

  10. Ângela Francisca Fonseca Motta diz:

    Olá Professora, gostei muito da sua aula,da maneira como foi abordada, e como é importante o entusiasmo dos alunos no desenvolvimento de aulas práticas de ciências, que bom seria se todoa as escolas dispusessem de professores com interesse em desenvolver aulas práticas e com inteira participação dos alunos, pois uma grande parcela de professores só está preocupada com os vencimentos do final do mês, deixando de lado a função principal que é do educador consciente,humano,moderno e preocupado com a educação dos seus educandos.

    • Olá Ângela.
      Obrigada pelo seu comentário.
      O trabalho que vê nessa página foi todo feito pelos alunos em diferentes aulas semanais.
      É muito importante que desde os primeiros anos de escolaridade os alunos tenham oportunidade de desenvolver aulas práticas de Ciências em que eles são os os principais intervenientes e, em alguns momentos, os verdadeiros “investigadores”.

      Se quiser continuar a seguir o que os alunos este ano estão a trabalhar em ciências, pode fazê-lo através do blogue
      http://3bconstruindosonhosesaberes.wordpress.com/

      Bjos.
      Isabel

  11. maria eduarda diz:

    Eu adorei mesmo bjs duda

  12. Pingback: Os números de 2011 | 2ºA_construindosonhosesaberes

  13. kellylherculano@yahoo.com.br diz:

    Muito bacana, isso sim que é uma professora nota 10!!

  14. Karla Mero diz:

    Olá Isabel. Gostaria de dizer que seu blog é dez!!! Adorei. Suas atividades estão tão bem preparadas e organizadas. Sua gentileza em divulgar e mostrar seu trabalho, demonstra seu espírito humanizador. Parabéns e obrigada por toda essa dedicação a sua profissão.
    Sou professora do 1º ciclo do fundamental, 2º ano aqui no RJ. Tenho somente 2 anos de prática na escola. Estou me deparando com diferentes dificuldades e barreiras que me fazem pensar se realmente quero continuar. Seu blog me motivou a querer mais para os meus alunos e para minha carreira.MUITO OBRIGADA!!

    • Olá Karla.
      Obrigada pela sua opinião.
      Ainda bem que o blog da minha turma a motivou.
      Esses alunos estão já no 6º ano (andavam no 2º ano quando se abriu o blog, depois desse abriram-se os do 3º e 4º anos) e eu estou já aposentada.
      Muitas felicidades para os seus alunos e para si.
      Desejo que tenha uma carreira tão boa e preenchida como foi a minha. Se tivesse de voltar a escolher, escolheria fazer o mesmo percurso. Adorei ser professora.
      Bjos.
      Isabel Almeida

  15. Tatiana diz:

    Professora Isabel;
    Adorei a sua aula. Eu leciono no 3º ano e estou dando vegetais. A minha feira de ciências será sobre as plantas, Gostaria de saber algumas informações: O que você usou nos potes para que a sementes germinassem? Qual o papel?
    Como se faz uma mini estufa?
    Por favor , me responda.
    Tatiana.

    • Olá Tatiana. Vou tentar responder às suas questões.

      1ª – Nos frascos de vidro usei um papel bem absorvente (aqui chamamos papel mata-borrão) e água no fundo para que o papel estivesse sempre molhado, pois as sementes para germinarem precisam de muita água. É importante que o papel nunca seque.

      2º- uma mini estufa pode ser feita até com caixas de ovos com tampa transparente e alguns furos para entrar oxigénio. Eu usei uma que a escola tinha adquirido, mas as caixas de ovos de cartão reciclado também funcionam muito bem. Como já disse, precisam é de ter uma tampa transparente e entrada para o oxigénio.

      Obrigada por ter gostado.

      Só por curiosidade… eu já estou aposentada, mas estou sempre pronta para qualquer questão que queira!

      Felicidades!

  16. Tatiana diz:

    Bom dia Professora Isabel!
    Essa semana irei começar com os meus alunos os trabalhos para a minha feira de ciências sobre plantas. gostaria da sua opinião sobre o que eu vou apresentar:
    1º) Introdução – apresentação das plantas.
    2º) Fertilização e germinação – Mostrar as partes da flor (desenho);
    Germinação – Esquema: Pegar um cotonete e esfregar no estame e bater no carpelo (que planta você me sugere para eu fazer isso?);
    Cortar os feijões para mostrar os embriões com uma lupa (como você fez).
    3º) Parte das plantas e suas funções.
    4º) Respiração – Montar com garrafa pet.
    Fotossíntese – Risa branca com anilina.
    5º) As plantas na alimentação.

    Por favor me dê a sua opinião ou alguma sugestão.

    Atenciosamente. Tatiana.

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